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Fases, propósitos e lições do perdão

Aprendi esses conceitos sobre perdão em conversas, palestras, mensagens, livros e blogs dos pastores e escritores João Falcão Sobrinho, Ed René Kivitz, Ariovaldo Ramos e Dalas Willard.

AS FASES DO PERDÃO
Reconhecimento
A ação do Espírito Santo de Deus em nós traz à tona a percepção de um erro cometido e então há a concordância pessoal e interior de que algo precisa ser feito para corrigir tal situação.

Confrontação
Quando não há o reconhecimento pessoal deve haver a confrontação. Conforme Mateus 18.15-20, quando alguém comete pecado contra nós, devemos repreender a pessoa em particular. Repreender significa literalmente “trazer à luz”, oferecer condições para que a pessoa tome consciência do seu pecado.

Arrependimento
Do grego metanóia (meta + nous) = expansão da consciência. A pessoa se arrepende quando toma consciência de algo que lhe estava encoberto. O arrependimento expande a visão e a consciência a respeito da vida e de fatos específicos que antes eram ocultos ao entendimento do homem natural que tem o entendimento limitado e que difere do homem espiritual que tem a mente de Cristo.

Confissão
Mais do que mera concordância, mas disposição de assumir o ônus do pecado cometido.

Perdão
Liberação da dívida impagável contraída pelo ofensor.

Restauração
Ausência de acusações e de sentimentos de culpa. Quando o relacionamento desfeito se refaz sem acusações ou lembranças recorrentes do mal feito ou sofrido.

OS PROPÓSITOS DO PERDÃO
Preservar a dignidade da pessoa ofendida

Um credor que não confronta seus devedores torna-se cúmplice conivente com um estilo de vida que insiste em contrair dívidas impagáveis, e nesse caso, torna-se também co-responsável pelas ofensas que sofre.

Transformar o ofensor
Uma vez confrontado com seu pecado, o ofensor tem a oportunidade de arrependimento, isto é, de tomar consciência das conseqüências dos seus erros e da maneira como vive, e escolher mudar de direção. Se não houver mudança de postura da parte do ofensor, o perdão acaba sendo unilateral em seus efeitos e portanto incompleto.

Manter a convivência de forma sadia
Dar continuidade a um relacionamento entre pessoas livres, pois as dívidas impagáveis mantêm ofensor e ofendido escravizados ao débito, isto é, vivendo em função de um pecado, de modo que seu relacionamento ou se dissolve, ou é mantido pela submissão obrigatória do ofensor aos caprichos do ofendido.

AS LIÇÕES DO PERDÃO
Desmascarar a prepotência humana diante de Deus e da vida
Assumir compromissos de pagamento de dívidas em relação a Deus e às pessoas é uma tolice, pois a dívida não é do tamanho da ferida causada, mas da pessoa ofendida. Quando Deus é o ofendido a dívida é eterna e nenhum ser finito pode pagar uma dívida eterna. Quando uma pessoa humana é ferida a dívida é infinita e a única maneira de quitar uma dívida infinita é abrir mão de existir, o que nenhum ser humano pode fazer (pode escolher morrer, mas não pode escolher deixar de existir).

Demonstrar o valor da pessoa e dos relacionamentos humanos
O perdão existe para dívidas impagáveis, isto é, para dívidas contraídas em relação a pessoas e pessoas possuem valor infinito.

Demonstrar que os relacionamentos não sobrevivem pelo mérito humano
Os relacionamentos sobrevivem apenas pela gratuidade. Somente o perdão de Deus e o perdão das pessoas às nossas dívidas impagáveis nos concedem a oportunidade de permanecer vinculados uns aos outros em amor. Amar é perdoar sempre. Como Deus fez por nós, nós fazemos uns pelos outros.



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