Há quem diga que para se conhecer o caráter de uma pessoa basta dar-lhe um pouco de poder. A fascinação pelo poder é tão grande que alguns para obtê-lo ou nele se manter são capazes de fazer qualquer coisa, inclusive vender a dignidade e a moral que têm.
O desejo de estar por cima faz com que pessoas passem por cima de tudo e de todos para obter ou continuar com o poder. A luta pelo poder pode ser uma busca disfarçada para obter popularidade, dinheiro, status ou para suprir uma carência afetiva e emocional – ter atenção e reconhecimento.
Quem busca o poder por estes motivos, o faz por ele poder conferir todos estes anseios disfarçados. Entretanto, quando o motivo principal não é o adequado, situações drásticas começam a acontecer no processo da liderança.
Para que se tenha o poder, é preciso que haja o dom da liderança; não a imposta, mas a que é conquistada. Quem precisa correr atrás do poder é porque não tem liderança nem condições para exercê-lo. O poder corre atrás dos líderes. Mas, infelizmente, por alguns confundirem liderança com falar mais alto, carisma, status e outras características, acabam conferindo poder a pessoas que não deveriam tê-lo, logicamente fruto do favoritismo, do fisiologismo, do nepotismo e também do despotismo, ou seja, do corporativismo.
É exatamente nestas circunstâncias que se vê o jogo do poder. Quem não tem condições de ter precisa jogar para ter e manter. Quem tem o poder e a liderança por dom e por natureza precisa lutar, com ética e dignidade, para se defender das armadilhas vis e sem ética dos falsos líderes e também para preservar desses maus e corruptos líderes a função e o grupo liderado, que geralmente é quem paga o preço.